CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dama da Noite

Autor: Joey Spooky Rose



DAMA DA NOITE

Seus olhos brilhavam em meio à escuridão. Sua voz era doce e mansa, seu toque macio, suave...
Seus cabelos esvoaçavam com o sopro gelado do vento que soprava canções de réquiem.
Notei a breve presença da pobre criatura de chifres tortos, de pelagem negra e olhos vermelho fogo. Ela sorrira com seus dentes pontudos e afiados.
O doce aroma da Dama da Noite acalmava meu coração.

Nada a se dizer perante a divindade
Um Deus sem maldade.
Um Deus de vaidade. Amor e castidade.
A imagem fria, congelada, paralisada
A noite fria, gelada
A peste, a criança congelada.
Olhos negros em preto fosco
O sorriso afiado de presas sangrentas
O pulso firme de um coração gelado...

Aonde me encontrei na noite passada?
Eu sonhava... Eu sonhava...
Eu pensava: Talvez um dia eu esteja presente.
Presente sobre a lama
Os penhascos de meu coração
Minha oração, minha canção...
Minha dama...

A Dama da Noite
Aquela que cantara canções de amor e afeto
Seu toque...
Sua alma...
Sua pele branca como a neve
Quente como vulcão...
O vulcão do desespero
O vulcão do anseio...  Do desejo...

A ti, ó minha Dama da Noite, as minhas mais belas canções
Vindas de diversos corações...
Vários corpos estirados em olhar fixo.
O chão gelado...
As paredes de argila

O sufoco da poesia.