CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

domingo, 17 de março de 2019

Pesadelos Noturnos - Parte 2 e 3

Pesadelos Noturnos




2


Ultimamente a jovem vinha sofrendo de crise de ansiedade e passou a ter ataque de pânico juntamente de sonambulismo. Dias antes, havia levantado da cama dormindo e caminhado até o quarto de seus pais que, por sua vez, acordaram com o barulho da porta. Então acendendo o abajur, eles encararam a filha.
-Ginger? Aconteceu alguma coisa, querida?
A jovem estava absurdamente estranha.
-Ele está lá em baixo.
Seus pais se entreolharam, surpresos.
-O que?! -Perguntou o pai, se levantando rapidamente da cama.
-Quem está aonde, filha? -Disse a mãe quase chorando.
-Ellen, fique aqui com Ginger. Não a deixe sair daqui. Eu vou lá embaixo ver se tem alguém.
Antony então desceu as escadas lentamente até notar alguém na cozinha. Parecia estar tentando beber o leite direto do galão: o líquido branco escorria no rosto e jorrava como uma cascata no chão.
Ele então pegou um vaso de flor que havia na mesinha ao lado da escada na parte de baixo e então jogou na direção do indivíduo. O vaso quebrou fazendo um barulho estrondoso juntamente de um grito estranho. Ele olhou para Antony.
Os olhos pareciam uma lanterna acesa em meio à escuridão.
Antony acendeu todas as luzes da casa em um único interruptor e então ele pode ver a criatura de corpo esguio, alto e de pele cinza enrugada. A criatura gritava estrondosamente com a boca aberta enquanto cuspia uma gosma preta que tinha um cheiro horrível de enxofre e então, como truque de mágica, desapareceu.
Antony correu para o andar de cima se deparando com sua mulher chorando com a filha no colo ao chegar no quarto.
-Ginger! Ginger! Fala comigo, filha! -Gritava desesperada.
Sem perguntar, Antony carregou sua filha e correu até o carro levando-a para o hospital.


3


Escondida na pequena gruta que mais parecia uma toca de urso, Ginger sentou e se encolheu o máximo que pode.
Não, não, não, não... -Pensava.
A criatura então parou de gemer e parou de andar.
Ginger abriu os olhos e então apontou seu celular, iluminando o rosto da criatura pitoresca. Os olhos como duas lanternas acesas a cegaram enquanto a criatura gritava com as mãos no rosto tentando impedir que a luz tocasse sua pele mórbida.


Finalmente ela acordou.
Seu corpo estava paralisado. Ela mal conseguia respirar.
Os paramédicos a colocaram na maca. Seu corpo estava duro como pedra. O barulho da sirene da ambulância ecoou pelas ruas.
Acordando no hospital sentindo que estava molhada de suor, Ginger tocou seu corpo e finalmente sentiu a realidade. Notou que o quarto estava escuro.
A criatura riu maliciosamente. Ela ouviu.
As luzes se acenderam quando ela gritou.


"Paralise teus sonhos para que eu possa caminhar
Da escuridão virá a tua única verdade,
Como canções de ninar
Sucumba ao sabor amargo de seu primeiro beijo
E de todas as poesias, teu único desejo


Eu sou aquele que das sombras reluz
Do pó ao pó, a morte te conduz
Não se esconda doce menina...
A morte chega para todos nós."

-



Escrito por: Joey Spooky Rose

Fonte da foto: Google Imagens