Pesadelos noturnos

Pesadelos noturnos

O medo pairava alucinante. Os passos largos de uma corrida infinita. O corredor da morte.

1

Havia muitas árvores em volta. Os galhos secos estalavam sempre que Ginger caminhava. Havia uma criatura pitoresca perseguindo a jovem, uma criatura tenebrosa de pele acinzentada, alta, magra e sem nenhum fio de cabelo. A pele flácida e pálida, os olhos negros escorriam um líquido preto como petróleo. A testa franzida e os gritos roucos.

Ginger sentia o seu coração sair pela boca quando tropeçou e caiu, sentindo uma dor terrível nos joelhos. Ela olhou para trás, a criatura se aproximava agora sorrindo esperançosa. Os dentes pontiagudos, afiados e podres com a gengiva estranhamente recuada, como a de uma pessoa morta há algum tempo. Os dentes eram longos e horrendos, os braços magros esticados para frente enquanto o corpo cambaleava a cada passo. Nos dedos finos e enegrecidos como as vítimas da peste bubônica, haviam unhas grandes e lascadas. O pé estava tomado pelo mesmo líquido negro que saia dos olhos da criatura e a cada passo, um rastro.

-Boo! Boooo! Booooo!!!! -Grunhiu a criatura.

Ginger se levantou rapidamente e, ignorando a dor, continuou correndo desesperadamente para lugar nenhum. Não havia caminho. Ela nem ao menos havia pensado para qual direção estaria a estrada. De repente, o silêncio.

Havia uma gruta escondida em meio a floresta e um pequeno lago. Ao lado, um caminho de pedras até a entrada. E sem hesitar ela entrou.

A criatura grunhiu, agora mais calma.

Rindo lentamente e de forma perturbadora, ela a procurava.

-Ashcho Zentum Lir... -Disse a criatura, novamente soltando um riso diabólico.

O silêncio formado era tomado pelo som de passos à margem do lago. Nem mesmo havia coragem nos pássaros para cantar. Conforme a criatura caminhava lentamente procurando por sua vítima, os galhos estalavam. A criatura grunhia com uma voz rouca enquanto deixava o rastro de podridão pelo caminho que logo sumiram esfumaçadas como vapor.

Ginger pegou seu colar e o agarrou firme. Era o colar que sua mãe havia dado, dizendo que ele a protegeria de todos os seus medos.

Você está ficando louca. Você está ficando louca. Você está ficando louca... -Pensava repetidamente enquanto segurava forte o seu colar com as mãos estremecendo.

(Continua...)

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Escrito por: Joey Spooky Rose

Fonte da foto: Google Imagens