CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

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domingo, 22 de dezembro de 2013

Noites em Claro

-Noites em Claro-

E logo estarei eu, a chorar
E logo estarei eu, a sangrar.
Minha alma não quer parar!
Estou-me a poetizar aos cantos e recantos
Estarei espalhado, deitado ao chão desta velha casa.
Solenemente decreto o caos dentro do ser que ainda luta para estar vivo...
Meu drama, meu convívio.
Meu teatro mágico, coração em vidro!

Eis me que já estou em resto, somente pó
Estou só! Estou só! Oh!
Aonde minha alma fora se esconder?
Porque meus sentimentos foram se desfazer?
Ah! Aonde estou preso?
Preso na podridão de algo que se chama canção.
A mais bela entre os mortos.
Aquela que se levanta...
Aquela que se levanta...
E que... Agora me ama.
Em noites de tormenta
Aquela que senta... E canta...

Autor: Joey Spooky Rose


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cargo

Um excelente curta-metragem chamado Cargo. O curta é australiano e foi dirigido por Ben Howling e Yolanda Ramke, e é tão bem produzido que foi um dos finalistas do Tropfest (a maior premiação de curtas do mundo).

A história é de um pai que acorda após um acidente de carro e vê que sua mulher virou um zumbi e esta tentando comê-lo. Ele pega a filha no banco de trás e foge, mas vê que foi mordido e que vai virar zumbi, assim pensa em um plano para salvar a filha.

O curta tem 6 minutos, não precisa de legendas e já foi visto mais de 3.5 milhões de vezes. As opiniões na página do Youtube são as melhores e muitos usuários dizem até ter chorado. 


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Do Outro Lado

Autor: Joey Spooky Rose


Do Outro Lado


Que tal correr na floresta, subir nas árvores e brincar de carrinhos em miniatura?
Que tal sorrir, almoçar e jantar ao lado de minha família?
Pai e mãe e minha irmãzinha mais nova. Loira de cabelos lisos até a cintura, olhos azuis e pele branca como a neve. Meu pai robusto, dedicado e de voz firme, o homem da casa. Minha mãe, uma mulher de quarenta e cinco anos, linda, vaidosa, simpática e dona de casa. Ela aparentava ter ainda os seus vinte anos de idade.

Que tal olhar para as pessoas e fazer novas amizades?
Mas eu não posso. Talvez eu seja um monstro. Um perigo para mim mesmo.
Morto aos sete anos de idade, quando meu pai começou a me bater por rejeitar a ser um advogado. Por rejeitar sua própria religião, que o torna tão patético e fraco.
Morto por uma mãe que não dava a mínima para os seus filhos. Morto por uma irmã que seguia suas regras e ria de mim, sempre que eu apanhava. Ou sempre que eu era obrigado a ir para aquele terrível lugar, onde pessoas oravam por um Deus que brincava com suas formigas. Um Deus que brincava de Deus. O psicótico tão aclamado. O assassino em série que para todos não era um perturbado. 

Que tal brincar de matar? Brincar de nadar nos rios de sangue que saiam de minha mais nova cicatriz.
Que tal?
Ah sim...
Eu me esqueci de me apresentar. Eu sou Roberto e tenho dezesseis anos de idade. Nascido em Sorocaba, interior de São Paulo. Uma cidade não muito pequena, que agora fedia a medo e a obsessão. O medo deles era realmente perturbador. A minha obsessão era a minha glória. A minha vitória.
Que tal me declarar um santo? Ter a minha imagem no altar, “Roberto, o santo crucificado por sua própria espécie.”.
Ah sim... Eu os matei. E faria novamente.
Ver minha irmã mais nova gritando desesperada ao ver a garganta de minha mãe cortada. Ela também gritou ao ver o crânio de meu pai esmagado, sujando meus sapatos. Olha só! Eu já ia me esquecendo. Meu cachorro, o matei a facadas quando ele tentou proteger minha família de seu próprio inferno. Estavam ali, as cinco facadas. Uma delas em seu peito, ainda sangrando com a faca afincada.
“Chegou a sua hora” falei para mim mesmo quando vi minha irmã chorando, gritando. Os gritos pararam. Meu rosto agora, manchado por seu sangue. Seu rosto cortado. Sua garganta dilacerada. Um sorriso em meu rosto...
Todos ficaram assustados por me ver retirando os corpos para fora de minha casa. Enterrei meu pai e o cachorro e antes que pudesse enterrar minha irmã e minha mãe, a polícia chegou.
As luzes iluminando a noite escura e fria...
-Mãos para o alto!
Como se eu me importasse por eles estarem ali. Saquei logo a pistola que meu pai guardava em casa. Ah sim, ele era policial aposentado.
Alvejado por tiros que vinham de todos os lugares, ali estava eu. Preso em meu próprio corpo, cuspindo sangue e sorrindo para o primeiro policial que apareceu ali para ver se eu estava realmente morto. Minha única visão antes de morrer?
Minha irmã e minha mãe, lado a lado, mortas. Meu sorriso. Minha morte.

Mas agora eu preciso ir. É chegada a hora. Meu nascimento. Meu tormento. Quem me dera saber que tudo isso vai acontecer...
Eu preciso ir. É chegada a hora.


-Roberto.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Lago das Árvores



Era tarde, quase duas horas da madrugada e lá estava Frank com seu gato deitado em seu colo. Ele lia em seu computador, sobre um artigo escrito há pouco tempo.
O artigo era de um jornal de sua cidade, que falava sobre acontecimentos recentes perto de onde morava.
Duas crianças brincavam em um lago, aproximadamente seis horas da tarde, segundo as crianças elas haviam visto uma mulher parada, de cabelos negros e vestido branco. As crianças haviam contado aos pais o que viram e seus pais disseram que a mente processou tudo aquilo e que não era real. Pouco tempo depois as crianças sumiram sem deixar vestígios.
Em poucos meses, relatos vieram aparecendo de todo o canto, crianças e jovens enlouquecendo e sumindo sem mais nem menos.
Frank lendo o artigo começou a sentir arrepios e decidiu ir dormir. Na manhã seguinte, na escola, Frank combinou com mais dois amigos de ir até o lago para ver se essa história era realmente verdadeira. Às oito horas da noite se reuniram em sua casa e caminharam até o lago. 
Não viram nada.

Desacreditados, eles voltaram até a casa de Frank onde iriam dormir.
-Frank? Frank acorda...
Sem perceber Leo, Paula e Frank estavam na presença de algo que eles nunca imaginaram que realmente fosse acontecer.
Frank não acordava e Paula começava a ficar cadê vez mais assustada. Trancados no próprio medo, eles tentavam acreditar que aquilo não era real.
Uma horas da madrugada e Frank finalmente acorda, ao abrir os olhos, seus amigos gritam. Frank estava com os seus olhos brancos e seu sorriso era extremamente assustador.
Sentado na cama, Frank não dizia sequer uma palavra. Frank parecia um boneco, duro, apenas com o sorriso no rosto.
Seus amigos correram cada um para sua casa e esperaram o dia amanhecer para ver se aquele pesadelo acabava.
-Senhorita Clovis, o Frank está?
Paula no dia seguinte ligou para Frank, mas sua mãe havia dito que Frank havia saído de noite com uma moça e que não teria voltado até o momento.
Dois dias depois do desaparecimento de Frank, Clovis chama a polícia e uma grande busca começava. Frank havia sumido.

“A mãe de Frak, dona Clovis, relatou o desaparecimento de seu filho dois dias depois dele ter saído. Ela relatou que uma moça foi até sua casa para sair com seu filho. Clovis não perguntou nada, pensou que a moça poderia ser a namorada de Frank e com medo de constrangê-lo não procurou saber sobre a moça.
Começamos as buscas pelo garoto de 18 anos. Ficamos dois meses à procura dele, até que no terceiro mês o achamos. Ele estava parado, sentado em uma pedra no ‘Lago das Árvores’. Chamamos ele enquanto nos aproximávamos lentamente, mas ele não respondia. Quando chegamos perto, eu o toquei no ombro e chamei seu nome. Ele estava gelado e duro como pedra. Eu e meus homens decidimos ver ele de frente. Um enorme sorriso além do normal havia em seu rosto e seus olhos estavam extremamente arregalados e brancos, tão branco que parecia brilhar no escuro. Às meia noite demos entrada na morte do menino, às meia noite e meia avisamos dona Clovis sobre seu filho. Duas semanas depois, Paula e mais um amigo seu sumiram. Alguns meses depois foram encontrados da mesma maneira, no mesmo local. Paula era a única de pé, mas também estava dura como pedra e sorrindo além do normal. É como se um espírito tivesse os levado e deixado os corpos sorrindo ali, sorrindo como se fosse uma grande piada...
Só de pensar nestes casos eu já me arrepio, relatos nesta cidade sobre uma moça fantasma ocorriam e encontrar os garotos daquela maneira, era assustador. Espero que Deus abençoe esta cidade e que Jesus Cristo tenha piedade destas maldições que aqui reside.”


-Cherife, Gordon.


O Diário dos Mortos



E lá estava eu novamente...
Esperando por algo mais doce do que a dor.
Mas o que será que aqueles olhos brancos faziam me encarando?
Pareciam estar olhando no fundo de minha alma!
Mais um copo de Whisky e eu ainda esperava...
Eu a via ali, parada... E ela continuava a me encarar. A cada minuto parecia cada vez mais insuportável! Meus cabelos negros agora manchados estavam grudados, molhados...
Mas o que será que aconteceu afinal?
A corte me esperava e minha cabeça já não estava no lugar.
O fogo esquentava a minha pele. Aquele lugar enfeitado com crânios e uma energia estranha. O lugar parecia ter um ar gélido por natureza. Quem o criou estava perturbado em pensar que os mortos não rondariam aquele lugar. Mas não importa.


Querido diário,
Na noite de hoje fiz com que ela me olhasse. Ela me encarou por horas e minha alma parecia viajar ao lado dela. Ela me desejava como nunca havia me desejado.
Algo estranho aconteceu. Aquele lugar ainda me assombrava. Mas certamente, aquele lugar me agradava.
Eu neste momento estou olhando para ela. Fizemos amor a noite toda, foi incrível! O amor realmente ressurgiu das cinzas, da decomposição da vida.
Ah sim! Uma bela canção... Uma bela canção...
Uma canção de amor, amor e vaidade. A morte rondava aquela cidade.
Seus olhos azuis pareciam transparentes, quase brancos.
Seus cabelos negros enrolavam em minhas mãos...
Ela dizia me amar e queria estar comigo...
Ela queria estar comigo...
E eu...
Ah... Eu estive com ela...

Eu estive com ela...

terça-feira, 28 de maio de 2013

O Palhaço de Susy

Susy chegou pontualmente às nove da noite na casa onde iria cuidar de duas crianças, uma de três anos de idade e outra de cinco ano,s enquanto seus pais iriam a um jantar de negócios em uma cidade vizinha.
Depois de dar algumas instruções para a baba, o casal saiu da casa deixando-a com as crianças que já haviam ido se deitar.
Algum tempo depois ela escutou choro de crianças no andar de cima onde ficavam os quartos e foi lá ver o que era. Chegando lá encontrou as duas meninas chorando muito.

-O que foi? -Perguntou Susy.

-Eu não gosto de palhaços. -Disse uma delas estendendo a mão para um canto do quarto.

Susy levou um susto ao ver um boneco de palhaço do tamanho de uma pessoa adulta, sentada em uma cadeira de balanço que ficava no canto do quarto. Segundos após recuperar do susto, ela também ficou com medo, pois aquele boneco era muito assustador. Pensou ela, porque os pais deixariam um boneco tão feio no quarto das meninas. Por fim, ela sentou e cantou canções para as duas, até elas voltarem a dormir. Depois disso voltou para o primeiro andar da casa e foi assistir televisão.

Um estouro acompanhado do choro das meninas minutos depois, alertou novamente a babá. Ela correu para o quarto onde as meninas encontravam-se chorando da mesma forma que antes.
-Vocês tem que voltar a dormir. Ainda estão com medo do palhaço?
-Ele estourou um balão pra nos assustar. -Disse uma delas.

Susy olhou para o chão e viu um balão vermelho estourado. Uma agulhada no estomago a deixou preocupada. Ela olhou para o palhaço mais uma vez e pensou se ele estava em outra posição do que a primeira vez que ela o viu. Ela também ficou com medo e disse para as meninas que iria pedir para os pais virem embora. Desceu as escadas e pegou o telefone que estava na parede, mas estava sem linha. Foi até sua bolsa, pegou o celular e digitou o numero deixado pelos pais das crianças. A mulher atendeu.

-Oi aqui é a Susy, eu estou ligando porque as meninas estão com muito medo. Eu queria saber se eu posso tirar ou cobrir aquele boneco de palhaço gigante lá no quarto delas.
-O que? Nós não temos nenhum boneco de palhaço em casa. -Respondeu a mãe das crianças.
Susy então deu-se conta que não ouvia o choro das crianças e saiu em disparada para a escada. O suor frio descia pela sua testa, seu coração disparado e a boca seca deixou claramente a sensação de pavor que ela sentia naquele momento. Cada degrau da escada parecia ter quilômetros, como aqueles pesadelos que tentamos correr e não conseguimos.

A única coisa que a mãe da criança escutou foi um grito e o telefone caindo no chão. O casal voltou para casa imediatamente e quando chegaram encontraram as duas crianças e a babá mortas. Todas tinham seus rostos pintados de palhaço e um balão de hélio amarrado no braço.



Jack Killer

Autor: Joey Spooky Rose

-Jack Killer


"Toda noite aquele homem sentia seu coração bater tão forte, 
que ele podia ouvir os gritos de sua alma."


Em algum lugar onde ruas de paralelepípedo se encontraram com baixa luz, vivia um homem...
Este homem tinha por volta de quarenta anos de idade e vivia sozinho.
De poucas palavras, fazia poucos amigos. Seu Deus estava pintado em sua mais perversa obra de arte, a "The Child Severed" (A Criança Decepada).
A The Child Severed era um enorme quadro velho, de molduras de ouro e empoeirada.
Sua casa, um casarão antigo e caindo aos pedaços, se destacava naquele estranho lugar.
Homem de poucas palavras. De poucos amigos.
Vivia de sua escrita que pra ele era fracassada, mas as suas histórias de assassinato e horror, eram vendidas facilmente.

-De algum modo as pessoas gostam do horror, da tragédia. Mas como podem temer a própria morte? -Dizia pra ele mesmo, aquele homem que assistia televisão.

Dizia-se que este homem passou por uma trágica experiência, de sua própria criação.
Ficar trancado dentro de um casarão velho, sem contato com outras pessoas, sem contato com nenhum ser vivo, parecia realmente algo além da compreensão.
Porém, ele também optou por viver sem a luz elétrica e passou a viver apenas a luz de velas, o que deixava sua casa um pouco escura.
Essa experiência durou um ano e o enlouqueceu.
A pedido de seu psiquiatra, Jack Killer passou a tomar medicamentos, ele então passou a viver da arte obscura, o que era seu grande fascínio.
Cultos estranhos, pinturas horrendas, escritas de romance trágico, estudos de religiões antigas, demonologia, entre outras coisas bizarras passaram a tomar parte de sua vida.
Suas músicas tocadas por ele em seu piano, eram extremamente mórbidas e pareciam dar prazer a ele, um prazer parecido com o prazer sexual.
Homem de intelecto, Jack Killer gostava muito de músicas clássicas e principalmente de Réqueim, que na liturgia cristã era espécie de prece ou missa especialmente composta para funerais.  Na música, por sua vez, o termo faz referência às composições feitas sobre os textos litúrgicos relatados na primeira acepção, muito embora haja referências ocasionais a outras composições musicais em honra aos mortos.

Em sua casa havia um quarto onde Jack Killer guardava muitas estatuetas de santos e uma bíblia empoeirada, que deixava em cima de uma mesa alta.
O mais estranho é que ele não é religioso e acredita em seu Deus, como uma criança cuja cabeça foi arrancada. Ao redor desta criança, lobos negros com muito ódio. Aos céus cinzentos, corvos que gritavam, gritavam mais alto do que seu próprio coração.
Toda noite aquele homem sentia seu coração bater tão forte, que ele podia ouvir os gritos de sua alma.

Jack Killer era supervisionado e saia sempre na companhia de dois homens de terno preto.
Jack Killer usava uma máscara branca para sair de casa, seus cabelos longos e negros voavam como uma sombra. Jack Killer dizia que sua face não podiam ser vista devido a sua divindade.
Dono de uma mente brilhante, participou de várias apresentações com orquestras, porém, seu estilo vazio e mórbido chamava a atenção das pessoas. Uma atenção que fazia com que todas ficassem longe.
Jack Killer não se sentia sozinho, muito menos triste. Ele não sentia nada e não fazia questão alguma de se socializar.
Jack Killer havia sido internado por três anos, devido há três assassinatos cometidos. Ele foi julgado como insano pela corte. Jack Killer estrangulou sua mulher e dizia que ela havia se transformado em um demônio, cujo vivia a luz do dia como uma linda e elegante mulher, mas que a noite se transformava em um ser horrendo, que queria saborear sua carne.
Seus dois filhos foram assassinados também, Jack Killer havia estrangulado as duas crianças de mais ou menos nove anos de idade e depois de estrangula-las, Jack Killer cortou a cabeça delas.
Quando ele terminou de matar as crianças, a policia entrou em sua casa e o viu no andar de cima, de frente para a escada, ainda segurando as cabeças em suas mãos. Os corpos rolaram pela escada, banhando-a em sangue.
"O corpo das crianças só pararam de rolar quando tocaram nossos pés. O barulho dos corpos rolando foram horrendos." -Dizia um dos policiais, em um depoimento dado na delegacia.

Jack Killer hoje é controlado por remédios e homens fortes vivem como se fossem sua sombra. Jack ainda vive por sua própria arte, o macabro.
Jack Killer fumava muito e de noite, às vezes, tinha ataques, surtos de ódio e medo.
Dizia que os espíritos das crianças riam e cantavam enquanto o espírito de sua mulher o perseguia dizendo o quanto ele poderia ser saboroso.



Jakyll & Hyde

O Jekyll & Hyde Club é um restaurante temático que fica localizado no coração de Manhattan, próximo ao Central Park, Radio City Music Hall, Rockefeller Center, FAO Schwartz, Carnegie Hall e Times Square.

Idealista, filantropista, homem da ciência, Dr. Henry Jekyll foi tudo isso e muito mais. Dedicou a sua vida ao serviço da sociedade e tornou-se um ótimo médico. Contudo, algo trágico lhe aconteceu, pois sempre fascinado em separar o que há de bom e de mal na natureza humana, tornou-se cobaia de um experimento bizarro numa tentativa de controlar o lado negro da humanidade.

Infelizmente, ele foi seduzido pela sua natureza má e por isso, transformou-se num homem louco e diabólico conhecido como Hyde.

Em 1931, Dr. Jekyll viajou de Londres para a cidade de Nova Iorque, repleta de párias e vagabundos, com o objetivo de prosseguir na sua pesquisa e com esperança de encontrar uma maneira de livrar-se de Hyde. Jekyll formou um círculo próximo de conselheiros e aliados vindo a fundar o Jekyll & Hyde Club.

Jekyll e seus compatriotas juntaram artefatos e troféus das suas muitas aventuras e as suas estórias estão resumidas em placas distribuída pelo clube. Com base em tal enredo - Jekyll & Hyde Club - convida a uma experiência extraordinária.

Jakyll & Hyde


O Jekyl and Hyde é um dos restaurantes temáticos de terror mais legal dos EUA. O restaurante fica em NY.
Dentro do restaurante, a ideia inicial é que você está em um salão de castelo de filme de terror. O restaurante contra com um teatro mostrando uma cena em que um cientista da vida a famosa criatura de Frankenstein. Eu sinceramente preferi outra parte do local. Os bonecos!!!

Todos os quadros e bonecos do salão falam e conversam enquanto você está comendo lá. Pode ter certeza que perto da sua mesa, você terá companhia de alguma criatura bizarra e macabra.
As crianças que não tiverem medo, podem até brincar com um simpático palhaço que tem lá. Ele fica engaiolado e preso numa camisa de força. Para maior segurança das crianças e pessoas que ali frequentam.

MUUUUHHUHUHUHUHUAHAHAHAHAHAHAHAAAAAAA...

Na barra de links logo no começo do blog, temos a opção " Jekyl and Hyde Club, cliquem nesta opção para ver mais fotos. Vejam o vídeo do local, logo a baixo.





Clique no link para abrir uma nova janela do vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=2LpbGAS-OoA

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=BvTZx151Ws8









sexta-feira, 19 de abril de 2013

13

Autor: Joey Spooky Rose

Notas do autor

Aos religiosos, pessoas com problemas de coração e/ou não suportam emoções fortes, e também as pessoas com intolerância a histórias macabras de exorcismo, peço para que não leiam esta história fictícia. Tal história não foi baseada em fatos reais, porém, é de forte emoção e de palavreado chulo. Religiosos certamente não gostarão muito do que poderão ler. Menores de idade não devem ler esta história.
Aos que entendem o latim: a linguagem em latim foi traduzida do português para a língua, pelo tradutor google, a tradução pode estar errada. Algumas palavras escritas são utilizadas em rituais religiosos.
Não repita esta história na vida real, não brinque com suas palavras e o mais importante, não provoque forças que você não conhece.
AS PESSOAS SÓ TEM FÉ NAQUILO QUE PODEM VER E SENTIR.¹
QUALQUER NOME DITO, CHAMA A ATENÇÃO DAQUELE QUE OUVIR. COMO QUANDO CHAMAM SEU NOME E VOCÊ SE VIRA PARA DAR ATENÇÃO.²
Não me responsabilizo por qualquer problema causado ao leitor por causa desta história.
Repito, se você tem problema de coração e/ou não suporta emoções fortes, se é religioso: NÃO LEIA.

Atenciosamente, J.P. Rose. 


13


Em uma tarde fria, encontrei um velho senhor sentado no banco de uma praça. Era o parque central, um dos mais belos da cidade. O parque era gigantesco com pista de caminhada, pista de bicicleta, árvores, um enorme lago, com muitos pássaros, flores, enfim...
O encontro estava marcado.
-Que bom que o senhor veio!
-Recebi seu chamado. Em que posso ajudar...?
O velho de casaco um pouco gasto, cachecol marrom, calça jeans e um chapéu preto, fumando seu cigarro começou a explicação do porque de ter me chamado com tanta urgência. Era um tempo difícil, o inverno havia chegado com força e o mito havia novamente se revelado.
Passei quatro anos estudando no seminário até que finalmente me tornei padre. Confesso que quase desisti logo no terceiro ano, até que em um dia de chuva uma jovem que aparentava ter uns vinte e dois anos acabou sendo atropelada na minha frente. Quando corri para socorre-la, mesmo que em mim houve-se o pensamento da desistência, ela me pediu para ser abençoada.
Eu não quero morrer assim padre. Por favor, me abençoe... Dizia aquela assustada criança. Mesmo sem saber o que fazer, com ela em meus braços, eu abençoei.
Pelos poderes a mim investidos, peço para você Pai, que abençoe esta pequena criança assustada. Que  ela seja purificada de todos os seus pecados e que sua alma possa viajar em paz. Que o senhor permita  quela viva em paz no reino que preparaste. Eu vos abençoo In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. Amen.
Aquela pequena jovem veio a falecer em meus braços.
Na manhã seguinte, no seminário, o bispo sentou-se ao meu lado no banco da pequena praça e começou a conversar comigo. Mesmo que eu estivesse lendo um livro naquele momento...
-Eu vi o que aconteceu ontem...
-Do que o senhor fala?
-A moça... A benção...
-Eu fiz aquilo que ela me pediu, bispo...
-Eu li a sua última carta. Você não deve desistir.
-Por que não?
-Cristo colocou aquela jovem alma em sua partida, em seus braços. Ele quer que você fique, o que aconteceu ontem, não foi por acaso.
Por incrível que pareça, eu passei a noite  daquele dia, pensando o mesmo. Assim como passei a noite chorando nos braços de um de meus colegas de quarto. O padre Jorge.
Desde então eu decidi por ficar. O que não me fez arrepender.

-Pediste para que eu vieste, dissestes para o bispo que é um assunto urgente. Em que posso ajuda-lo?
-Minha filha padre... Minha filha!
-Por favor, se acalme. O que aconteceu?
O homem começou a chorar em desespero.
-Você precisa ajuda-la, eu não sei o que fazer!
-Ajudarei-o no que for preciso, mas preciso saber o que aconteceu.
-Venha! Vamos até a minha casa e verás!
-Vamos.
-A propósito, meu nome é Carlos, pai de Claudia.
-Sou o padre Pedro.
Caminhamos até a sua casa. Ao entrar, tirei meu casaco e dei para a esposa de Carlos. Seu nome era Celeste e ela chorava muito. Seu olhar era como um pedido desesperado de ajuda.
O primeiro grito, veio do andar de cima, em seguida barulhos,como a de uma pessoa se debatendo.
Levei um susto na hora e imediatamente subi as escadas. Conforme fui subindo com Carlos, o ambiente parecia ficar mais frio e escuro. Senti um gelo na barriga. Nunca imaginei que eu pudesse ver o que vi.

-Ex omnibus legionibus lucescat volo! Rex qui sedet in solio ego! Deus ego sum! Ego tenebris! Ego inferni! Quid linguis absumuntur ab stultōrum! Sanguis effusus est super terram! Et ascenderunt de cineribus peccator! Fractusque cornu ego sum Gabrihel! (De todas as legiões eu surgi! Eu sou o rei que agora senta no trono! Eu sou o Deus! Eu sou as trevas! Eu sou o infernal! Que as línguas sejam engolidas pelos tolos! O sangue foi derramado ao solo! Eu surgi das cinzas do pecador! Eu sou a asa quebrada de Gabriel!)
No momento agradeci a Deus por me manter, com a minha água benta sempre em minha bolsa. Sem pensar, corri para segurar aquela jovem moça. Ela se debatia no chão e seu corpo estava se contorcendo de mais, pensei que ela poderia quebrar algum osso ou até mesmo a coluna.
Qualquer um teria quebrado a coluna estando nesta posição! Pensei enquanto a via gritar.

-In nomine Patris, Filii! Benedico et Spiritui Sancto! Locus originis iubeo te redire, quod non alicui malum! (Em nome do Pai! Do Filho! E do Espírito Santo eu vos abençoo! Eu ordeno que volte para o seu local de origem, onde não faça mal a ninguém!) Rápido! segure-a! Coloque-a na cama e amarre seus braços e pernas imediatamente!
O homem parecia muito assustado. Tive de repetir três vezes aos gritos para que ele fizesse o que pedi.
-Vamos Carlos! Rápido! 
Prendemos aquela moça em sua cama. Carlos saiu correndo rapidamente do quarto, indo ao banheiro ao lado, para lavar seu rosto.
A moça parecia ter se calado, estava aparentemente calma. Foi então que decidi descer as escadas até a sala de visitas para conversar com os pais da moça.

-Sou o padre Pedro.
-Sou Celeste, mãe de Claudia. 
-Deus vos abençoe Claudia.
Carlos ainda assustado e pálido, desceu as escadas.
-Padre o que está acontecendo com a minha filha?!
-Carlos sinto em dizer, mas ao que parece, sua filha pode estar possuída. Antes de tudo, preciso saber se vocês a levaram ao psiquiatra. Ela sobre algum distúrbio?
-Não padre! Ela era uma moça calma, estudiosa, mas começou a se interessar por coisas estranhas, como símbolos e demonologia como ela chamava.
-Vocês tem algum documento que prove que ela compareceu ao psiquiatra? 
-Sim padre.
-Ele disse se ela tem algum problema?
-Não padre. Ele disse que ela não tem problema nenhum e assim como dissemos a ele, ela nunca foi mal tratada, sempre demos do bom e do melhor pra ela. Ela sempre foi mimada por ser a filha única.
-Aqui está padre. A documentação do psiquiatra, os exames também estão aí.
-É... Aqui ele diz que ela não sofre nenhum distúrbio ou gênero. Seu perfil é totalmente normal...
-Padre o que está acontecendo? Você pode nos ajudar?!
-Preciso levar isto ao bispo e pedir permissão para realizar um ritual de exorcismo.
Celeste começou a chorar em desespero nos ombros de Carlos. Pouco depois Carlos me leva até a porta e em silêncio me retirei.
Ao chegar na igreja, conversei com o bispo e mostrei os exames e a declaração do psiquiatra.

-Padre Pedro, preciso que você volte novamente naquela casa. Desta vez irei com você. Preciso que tire fotos para que possamos ter uma noção do que realmente possa ser.
No dia seguinte voltamos na casa de Carlos. Sua filha parecia ter piorado. Agora ela agredia a ela mesma, se cortando e dando tapas em sua face. O bispo ficou assustado.

-Confesso que já fiz alguns exorcismos, mas nunca vi algo assim. Preciso enviar isso ao Vaticano e pedir permissão de meus superiores para que eu possa fazer o ritual de exorcismo.
-Ela realmente está...
-Sinto muito Celeste, mas ao que parece sim.
Gravamos tudo, durante todo o tempo, o que Claudia falava. Enviamos ao Vaticano no mesmo dia, às 17h30m. No dia seguinte obtivemos respostas e estávamos autorizados a praticar tal ritual.
O bispo chamou um padre que havia feito apenas dois exorcismos. Ele tinha na base de cinquenta anos de idade mais ou menos e era experiente.
No dia seguinte, depois de receber a autorização, voltamos à casa de Carlos para nos certificar que realmente era isso que ele queria.
-Tal ritual é cansativo e poderá exigir muito de sua filha. Já fiz dois exorcismos, um a vítima faleceu dois dias depois. O outro, a vítima acabou por ficar louca e foi internada. Não é um ritual simples Carlos, você tem certeza?
-Sim padre! Por favor, salve a minha Claudia!
Depois de Carlos e Celeste assinarem um papel de permissão para tal ritual, o padre e eu começamos a nos preparar. Separamos os itens sagrados, água benta e nos vestimos. 
-Padre Pedro, você já fez isso antes?
-Não padre João. Tenho apenas um ano como padre...
-Seja lá o que ela disser, não escute. Seja lá o que ela tentar fazer, não permita. Não pare de fazer o que eu mandar, não pare de rezar, mantenha-se concentrado no ritual. Não pare, por nada!
-Sim senhor.
Comecei a ficar assustado, mas mantive a minha concentração.

-Em nome do senhor Jesus Cristo, eu padre João abençoo e o protejo padre Pedro. Senhor... Que seu filho seja consagrado por seu manto. Que a virgem Maria nos proteja durante este trabalho. Que a nós nada atinja. Dez mil cairão ao nosso lado e dez mil a nossa direita, mas a nós, nada atingirá! Que Deus esteja conosco.
-Ele está no meio de nós.
-Eu vos abençoo padre Pedro, In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti.
Entramos finalmente no quarto. Colocamos nossos itens sagrados em uma escrivaninha que se encontrava ao lado da porta. Beijamos a cruz santa e começamos o ritual. Como o padre João era mais experiente, eu apenas dei apoio durante todo o tempo.
-Que Deus esteja conosco!
-Ele está no meio de nós.
-Orações ao alto.
Quando a cruz foi erguida para o alto, Claudia olhou com um olhar de ódio, um ódio impuro e insano, do qual jamais havia visto nem mesmo em um criminoso. Uma risada se ecoou no quarto e os gritos de Claudia começaram.
-Cristo! Ó pai de todo o universo!
-Filii canis! Bastardus! Fake! Mendacium! Nothus! (Filho da p****! Bastardo! Falso! A mentira! O  bastardo!)-Gritava Claudia.
O padre João começou a jogar água benta sobre Claudia ordenando que ele dissesse seu nome.
-Em nome de Cristo! Eu vos tiro desta criança! Que digas o seu nome ao ser purificado!
Claudia começou a rir e logo seu rosto se fechou com aquele olhar de ódio. O gritos rasgados ficaram cada vez mais horrendos a cada nome dito por aquela criatura que não poderíamos mais chamar de Claudia.
-Tredecim! Tredecim! (13 ! 13 !)
O demônio gritava rapidamente com muito ódio.
-Pela cruz de Cristo e por todo o seu poder, eu vos tiro desta criança! Que você volte ao local de origem, onde não faça mal a ninguém!
Virando-se para mim, João pede para que eu começasse a rezar.
-Pedro comece a rezar agora!
-Oremos! Ó Deus pai do universo! Criador do universo! Pater noster, qui es in cælis. Sanctificetur nomen tuum. Veni regnum tuum. Fiat voluntas tua! Sicut in coelo et in terra!
O demônio começou a rir, nos provocando. O padre João foi até ele e colocou o crucifixo em sua testa, neste momento o demônio começou a falar seu único nome. Legião! XIII! XIII!.
Comecei a orar um pouco mais rápido enquanto João sussurrava algumas palavras ainda com o crucifixo na testa do Legião.
Quanto mais rezávamos, mais irritado ele ficava. No momento em que o padre João citou o nome dos anjos, Legião começou a chorar sangue e a cuspir uma grande quantidade de sangue.
-Provavelmente ela esteja com hemorragia interna!
Continuei rezando e a cada palavra, eu falava mais alto. Legião parecia estar sendo dominado e ao mesmo tempo parecia estar ficando cada vez mais forte. Seu peito se elevou e sua pele em algumas partes começou a rasgar e enquanto isso ele ria muito. Seus olhos brancos pareciam lanternas naquele quarto escuro. Quando finalmente eu acabei de rezar, João começou a falar mais baixo e aquela criatura começou a se acalmar.
-Que você esteja agora em seu local de origem, que esteja trancado por todas as chaves do portão infernal. Que Cristo abençoe esta jovem criança que agora descansa ao som das arpas de Miguel. Que as espadas dos anjos toque sua cabeça e que Claudia viva em paz por toda a eternidade. Eu vos abençoo , In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti ... Amen!
-Amen!
Logo que fechei a bíblia, Claudia abriu os olhos lentamente e com uma voz fraca respondeu "Amém".
A ambulância chegou, assim como a polícia. Mostramos as documentações do psiquiatra, do Vaticano e o certificado de autorização de Carlos e Claudia. E em seguida fomos liberados.
Um ano depois, a jovem Claudia havia se mudado de casa e agora tinha quinze anos e vivia uma vida feliz, sem traumas do que aconteceu antes. Sem tocar muito no assunto, Claudia dizia ter doze amigos que eram extremamente próximos a ela, que vieram a falecer em um acidente de carro alguns meses antes. Claudia estava no acidente, mas sobreviveu.
Os símbolos e seu estudo sobre demonologia, ela explicou que aconteceram porque Claudia alguns meses antes do exorcismo estava tendo sonhos e visões estranhas e decidiu estudar sobre o oculto como uma forma de proteção para estes sonhos e visões e para saber o que significavam.

Em seu sonho Claudia me disse que seus doze amigos puxavam ela para um enorme abismo, mas que ela reagia e lutava contra sua queda.
Claudia agora vivia bem e terminava seus estudos. Ela tinha o sonho de ser psicologa e ajudar crianças.
Alguns meses depois do exorcismo, me dediquei mais ainda a igreja. Minha fé cresceu e hoje, cuido de minha própria igreja e ajudo crianças carentes. Também dou aula em uma universidade.
O padre João veio a falecer, devido a sua idade.
Carlos trabalhava, ele e Celeste davam o máximo de atenção para Claudia. Celeste estava grávida de sete meses. Era um menino, que tomara meu nome, em minha homenagem.
Eu visito eles com frequência, como diz Celeste eu me tornei um membro da família.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

O CASO '' CLIFFORD HOYT'' A VISITA AO INFERNO



Clifford Hoyt, de 31 anos, sofreu graves ferimentos em um acidente de trânsito, em 1999.

Após recobrar sua consciência, ele contou pra uma enfermeira aterrorizada que ele havia morrido e visitado o inferno. Ele disse sobre as torturas e agonias que passou com detalhes amedrontadores. Recusando tratamento psicológico, ele teve alta.

Várias semanas depois, os vizinhos de Hoyt começaram a reclamar que uma música estranha estava tocando em seu apartamento durante a noite toda. Ao ir lá investigar, o dono do prédio encontrou Clifford Hoyt nesse estado. O Sr. Hoyt ainda estava bem lúcido, e protestou quando o proprietário disse que ia chamar a polícia. Preocupado com os danos em sua propriedade, ele tirou várias fotos do apartamento, e esta imagem é uma delas. Ele foi embora e contatou a família de Clifford, que buscou as autoridades.

Hoyt alegou que os demônios do inferno ainda estavam tentando capturá-lo. Ele explicou que seu corpo iria queimar incessantemente, a não ser que ele tocasse aquela música para espantar os demônios. Ele saía de casa raramente, por curtos períodos de tempo, apenas para conseguir suprimentos mínimos para sua sobrevivência, e enormes blocos de gelo para minimizar as queimaduras que ele sentia quando tentava dormir.
Doutores classificaram as ações de Clifford Hoyt como resultado de algum dano cerebral que ele sofreu no acidente. Atualmente, ele está internado em uma clínica para doentes mentais em Maryland.

sábado, 6 de abril de 2013

Dallas


Autor: Joey Spooky Rose

- ­Dallas-


Roger e eu iríamos passar alguns meses de férias numa pequena cidade chamada Tristan. Era uma pequena cidade, tranquila, onde poderíamos relaxar tranquilamente.
O problema é que o nosso carro acabou quebrando no meio da estrada deserta e pouco escura, onde se encontrava do lado esquerdo um posto de gasolina com um pequeno restaurante, o qual havia no máximo cinco pessoas, tirando as que trabalhavam ali. Do outro lado tinha apenas árvores.
Paramos o carro Toyota no posto de gasolina, comemos alguma coisa rápida na conveniência e então procuramos saber onde ficaria a cidade mais próxima.
-A cidade próxima não fica muito longe, seguindo a frente da estrada vocês verão uma placa velha com o nome de “Dallas” mandando virar à direita e na mesma placa outra cidade, que indica para continuar a frente. Não vá para Dallas, vá para a cidade seguinte, que não é tão longe. Acabei de dar uma olhada no seu carro, o problema não é muito grande, mas também não sei dizer ao certo o que é. Vá até a cidade Jaurus que lá terá um mecânico para dizer melhor o que houve com o carro. Seu carro aguentará chegar tranquilamente até Jaurus.
Informava o frentista do posto de gasolina.
Seguimos em frente ainda com o carro um pouco ruim. Quando chegamos perto da placa descrita pelo frentista, o carro começou a piorar. O som que Roger ouvia no carro começou a desligar e ligar sozinho, o carro fez um barulho estranho como se fosse parar de vez. Foi nesse momento que Roger e eu olhamos para a direita e seguimos para a pequena cidade chamada Dallas.
A cidade estava deserta, alguns gatos caminhavam pelas ruas. E nada mais.
Vimos uma placa velha com uma luz vermelha escrita “Hotel”, o H estava quebrado, pendurado sob a janela do alto.
Entramos no hotel. Ao abrir a porta, ouvimos um barulho, “tim dim” e o porteiro caipira, com o que parecia ser um palito de dente na boca, uma camiseta regata branca um pouco suja, um boné velho sujo com graxa e com barba no rosto, nos atendeu...
-Querem um quarto? Temos o 301 disponíver.
Roger estava pasmo com o tamanho da barriga de cerveja do porteiro, que foi direto ao assunto com um sotaque que puxava o R e sem nenhuma educação.
-Gostaríamos sim e você poderia nos dizer...
Roger foi cortado na hora pelo caipira.
-É por aqui senhores.
O caipira andava de vagar, o que me irritou um pouco, pois Roger e eu estávamos cansados e queríamos dormir logo.
-O quarto tem duas camas, um em cada cômodo, um banheiro em cada quarto, uma sala na entrada com TV e outras coisas.
-Ficaremos com ele. Obrigado.
O caipira sem disfarçar, ficou na porta no lado de dentro do quarto, olhando para Roger e para mim, esperando uma gorjeta. Roger com sua educação deu a gorjeta para o caipira, mas o infeliz caipira que fedia a cigarro e cerveja continuou olhando pra mim. Acabei por dar um trocado para ele.
No dia seguinte procuramos dar uma volta pela cidade e procurar saber sobre sua história.
Conhecemos uma velha senhora, a única que foi simpática, pois o resto da cidade nos olhava como um olhar de medo.
-Vocês estão hospedados em qual lugar?
Dizia a velha senhora trocando o L pelo R.
-Estamos naquele velho hotel.
-É um lugar ótimo para ficar.
-Sim. –disse Roger, continuando o assunto ao olhar para um casarão velho do outro lado, no fim da rua- E aquele casarão velho?
A senhora ficou um pouco tensa e se calou por segundos, percebemos que algo havia de errado com a casa ou com ela.
-Você está bem senhora?
-Ah... Ah! Sim! Sim, estou bem...
A velha ainda assustada nos contou uma história um pouco intrigante, porém, que fazia Roger achar graça.
A velha nos chamou antes, para irmos a casa dela para tomarmos um café e comer uma torta de limão que ela havia feito horas antes. A qual estava maravilhosa.
Pois bem, a história que ela contou foi a seguinte:

Talvez vocês não conheçam a história da casa de Lusia...
Uma história que acabou virando motivo de risada para muitos e motivos de pavor para todos que vivem neste povoado.
Um motivo forte o suficiente para não irmos naquele local.
Anos atrás esta cidade era uma cidade bem frequentada, o comércio era grande, o prefeito ainda mantinha a cidade lá em cima, sabe? (perguntou à senhora, como se soubéssemos de algo para concordar).
Naquela casa houve uma grande tragédia. A mãe de duas filhas afogou uma delas na banheira, enquanto a outra ela esfaqueou. A parte de cima da casa se encheu de sangue que se misturou com a água da banheira, que escorria pelas escadas até a sala principal e a mãe delas se enforcou no porão.
Uma vez um jovem rapaz e uma linda jovem entraram lá dentro, passaram um dia lá vasculhando tudo. No dia seguinte saíram bem cedo, ainda com o sol começando a nascer.
Eles correram até o carro e saíram correndo, sumindo na estrada. Estavam bem assustados.
Alguma coisa havia acontecido lá e...
E a velha senhora abaixou sua cabeça e parou de falar. Como se tivesse falado de mais.
Ela então continuou:
“E sabemos bem o que é. Nunca entrem lá.”.

Como se já não bastasse a história horripilante de uma velha senhora, a qual morou anos e anos, até agora nesta cidade, Roger se interessou em ir naquela casa. Voltando ao hotel, ele me convenceu –pois eu também estava curioso- para irmos passar uns dias lá.
Pegamos nossas coisas, deixamos no carro e então partimos com um pouco de comida e água e uns maços de cigarro. A casa, embora o lado de fora estivesse muito velho, o lado de dentro estava perfeito. Como se fosse uma casa “nova”.
Passamos três dias lá e nada...
Voltávamos algumas vezes para o quarto do hotel para comer e tomar um banho. O banheiro da casa ainda nós conseguíamos usar para fazer algumas necessidades.
Como Roger e eu vivemos juntos desde a infância, não vimos problema em dividir a cama e que assim seja.
No quarto dia começamos a ouvir barulhos nas paredes, como se fossem ratos.
Era uma hora da manhã e eu acordei assustado.
-Roger?
-São ratos... Apenas ratos.
E logo voltei a dormir. Roger também havia acordado por causa dos barulhos e logo voltou a dormir, ignorando-os.
Passamos uma semana dentro da casa e nada havia acontecido. Roger ainda duvidando do que dizia ser “loucura” dos moradores, decide passar mais uma semana no casarão. Por essas e outras, eu também decido acompanhar meu amigo.
Na semana seguinte, começamos a vasculhar a casa.
O primeiro ponto foi na biblioteca. Achamos livros e revistas empoeirados, mesinhas antigas, poltronas que daria para desenhar ou escrever algo entre a poeira.
Subimos então no quarto das duas meninas e o quarto da mãe. Depois descemos até a cozinha e nos maravilhamos novamente com tremenda beleza de arquitetura daquele casarão.
Podíamos passar meses naquela casa, que ainda continuaríamos apreciando maravilhosamente cada tom de tinta nas paredes, cada ponto de arquitetura...
Enquanto vasculhávamos os quartos, começamos a achar objetos e algumas manchas mas paredes e chão. Manchas fracas, mas ainda manchas. Certamente do assassinato e suicídio.
Logo de noite o mais assustador aconteceu. Roger e eu acordamos e fomos até a cozinha ver o que era aquele barulho em plenas duas horas da madrugada.
Roger soltou um grito e então saiu correndo pela porta da entrada ficando no meio da rua parado, paralisado.
-Roger volta aqui! O que é isso! Meu Deus! Roger! Roger!
E ele ainda ficava parado.
-Louis! Não! Louis!
Pela parede da cozinha, parecia estar saindo um espectro, um rosto distorcido com a boca aberta, como se estivesse gritando. Escutei então um grito em um dos quartos das crianças, Roger saiu correndo e foi comigo ver o que era.
-Cara! Vamos sair daqui! Vamos Louis!
-Você queria ver não queria?! Agora vai aguentar, vamos até o fim!
Antes de subirmos as escadas, vimos água e sangue no chão, escorrendo pela escada até o piso térreo da sala principal.
Roger ficou muito assustado e mesmo assim continuou comigo, tentando descobrir o que havia acontecido e o que seriam aquelas visões que mais parecia coisa de nossa cabeça.
Subimos as escadas bem de vagar, com medo o que poderíamos ver ou do que poderia acontecer.
-Ei...Louis. Essa boneca estava aqui antes?
-Não Roger, você a deixou aí?
Roger me olhou assustado e a única resposta que obtive foi uma voz que ecoava pela casa, como se fosse um salão vazio...
Uma risada que arrepiou a nuca de minha alma. Uma risada bizarra e perversa, como se estivesse tramando algo. Foi quando então Roger gritou “Meu Deus!” e eu imobilizado, só pude ver, sem poder correr. Era como um sonho, do qual você tenta correr o mais rápido que pode e mesmo assim continua parado ou caminhando desesperadamente.
-Louis! É a mãe que se matou depois de matar suas filhas!
-Sim Ro... Roger! É a Lusia!
Nitidamente pudemos ver o espectro de Lusia, um fantasma, uma criatura, seja lá o que fosse aquilo, era de mais para a nossa cabeça!
Senti como se meu corpo tivesse tomado um choque, como aqueles sonhos que estamos descendo uma enorme escada e caímos lá de cima e antes de bater a cabeça, acordamos com um grande susto. Dizem que nosso espírito volta ao corpo forçadamente quando isso acontece.
Senti o fantasma de Lusia atravessar meu corpo e vimos ele correr para o banheiro.
No quarto de Lusia, seu corpo ainda estava lá. Um esqueleto caído ao chão com uma corda no pescoço, um esqueleto que parecia ter vida, que parecia nos olhar, olhar no fundo de nossas almas. Neste momento então a água da banheira começou a jorrar como se o cano tivesse quebrado.
Corremos então para o banheiro e vimos às duas crianças. Ou melhor, dizendo...
O FANTASMA DELAS!
Elas cantavam e seguravam uma boneca. Giravam lentamente seu corpo para um lado e para o outro. Roger estava em choque, não conseguia falar, muito menos andar. Assim como eu.
-Venha brincar com a gente...
Disse uma das meninas, com sua voz doce e mansa ecoando pela casa.
Seu vestido branco então começou a ficar vermelho, manchas de sangue tornava aquele branco neve em um forte vermelho sangue! Os cortes começavam a aparecer, enquanto a mãe ao lado da banheira, perto da janela assistia chorando com um olhar assustado. Friamente assustado.
A outra menina por sua vez começou a cuspir água, sua pele branca e fina se enrugou e então seus lábios começaram a ficar roxos, seus olhos com olheiras pretas e seu cabelo um tom de preto esverdeado. Seus olhos ficaram brancos e sua cabeça se elevou para cima e sua coluna partiu ao meio.
Dava pra ouvir o barulho dos ossos quebrando!

Roger e eu então corremos, quase caímos na escada e antes que saíssemos para a rua, paramos e olhamos para cima. Ali estavam paradas a mãe e suas duas filhas na sua frente.
A família estava unida. O horror tomava conta. O pânico, o susto, o irreal, hoje sabemos o verdadeiro sentido do medo.
Naquele momento vimos todas as nossas brincadeiras de criança passando em nossa cabeça rapidamente. Como aquela brincadeira do copo...
Roger e eu então corremos para o hotel, pegamos nossas coisas e então entramos no carro.
Na cidade não havia ninguém nas ruas, nas casas, a pequena população havia sumido.
Quando entramos no carro vimos um grande cachorro preto parado no meio da rua. Foi quando acelerei o carro e por um milagre, ele saiu queimando pneu e rapidamente já estávamos na estrada, rumo à cidade Tristan.
Quando estávamos já na estrada, vimos um palhaço com balões parado apontando o dedo em direção ao nosso carro, rindo, rindo muito. Certamente quase morrendo de rir.
Achamos bizarro, mas ainda seguimos em frente. Foi quando Roger deu um grito.
-Meu Deus!
O carro derrapou, capotou na ribanceira da floresta.
-Roger! Você está bem?
Quando perguntei a Roger se ele estava bem, percebi que ele estava morto e que o palhaço havia sumido. Corri novamente até a ribanceira e rapidamente, como um animal selvagem, escalei-a até a estrada. Lá de cima vi o palhaço no carro, em pé, do lado do cadáver de Roger. O palhaço estava com a boca aberta com cara de culpado e então em seguida começou a rir, acenando um tchau para mim. Um balão então saiu de dentro do carro, que dizia “Kiss my crazy, your crazy is your love and life!” “Beije minha loucura, sua loucura é seu amor e vida!”.
O balão estourou no ar, jorrando uma enorme lama vermelha, que mais parecia sangue.
Eu corri, corri o máximo que pude e ainda caminhando cansado na estrada, avistei Tristan.
Foi lá que recebi tratamentos como alimentação, banho e psiquiatra.
Fiquei cinco anos internado em um hospício. O mesmo foi incendiado por um acidente, onde todos morreram. Inclusive eu.

-J.P. Rose-


domingo, 31 de março de 2013

Canção dos Mortos


-Canção dos Mortos-

Não olhe para trás.
Não queira! Não queira olhar para trás!
Corra para bem longe, onde haja brilho no sol!
Procure por coisas que sua cabeça suporte!
Não procure a morte! Não procure a morte!
Ignore! Ignore! Não procure a morte!

Eles gritam horrores
Eles alimentam do medo
Vemos você tremendo!
Os pescoços foram cortados
E os rostos banhados em sangue...
A morte como sua amante! Sedenta por sangue!
Não procure a morte! Não procure a morte!
Ignore! Ignore! Não procure a morte!

Se mantenha longe.
A podridão reina ao cheiro do ambiente.
Corra! Corra! Não procure por pistas!
Não sorria! Não sorria!
Perca sua vida!
Sabemos o que você quer...
Sua dúvida se transforma em corpos escaldados
Seu Deus está pregado!
Todos foram decapitados!
Não procure a morte! não procure a morte!
Ignore! Ignore! Não procure a morte!

As crianças brincam e pulam corda.
Os garotos brincam com suas cabeças.
O jantar está na mesa, o jantar está na mesa.
Comam antes que apodreça! Coma antes que apodreça!
Queremos sua cabeça! Queremos sua cabeça!
Antes que anoiteça.
Corra!

Não procure a morte! Não procure a morte!
Ignore! Ignore! Não procure a morte!

-Joey Spooky Rose-

A Sala Secreta

A Sala Secreta

O lugar era escuro e fedia a corpos podres. Pingos e pingos de água ecoavam por aquele corredor estreito e cinza. Havia pouca luz…
De longe, bem lá longe, uma porta com uma luz branca não muito forte…
O chão estava molhado e havia poças de água, as janelas estavam sujas e algumas quebradas. Os cacos estavam sobre o chão e se eu não me cuidasse, acabaria me cortando…
As portas das celas estavam sujas, algumas com sangue, algumas abertas e dentro do quarto com estofados sobre as paredes, siringas ao chão.

-Vamos Pohl, eu estou com medo… -Dizia minha amiga.
-Só mais um pouco… Até aquela porta…

E nada mais se ouvia…
Tentei ligar meu celular para ver se conseguia mais luz, mas estava sem bateria. Nenhum risco se encontrava no desenho cujo era um símbolo da bateria.

Um “tréc” foi ouvido e Clarice tomou um susto…
Maldito vidro ao chão que fui pisar.
O silencio tomava conta.
Clarice agora havia sumido e eu desesperado voltei o caminho que havia feito…
Em um dos quartos vi Clarice deitada de barriga para baixo. Pensei que havia voltado por medo e por fim desmaiado, mas percebi suas gosmas e entranhas ao chão quando virei-a!
Clarice estava morta!

Eu corri! Corri o máximo que pude!
Mas me deparei com uma pequena criança de cabelos negros lisos…
Uma veste branca manchada com sangue e uma sujeira preta, parecia graxa…
Nunca me senti tão assustado, até que pude ver minha morte me abraçar…

Nunca entre lá…
Nunca entre lá.

-J.P. Rose-